Ok

En poursuivant votre navigation sur ce site, vous acceptez l'utilisation de cookies. Ces derniers assurent le bon fonctionnement de nos services. En savoir plus.

DOURO

  • Gastronomia duriense?

    Louvam-se as iniciativas que têm proliferado pelo Douro, na tentativa de promover os restaurantes durienses.

     

    18547.jpgContudo, há algo que continua muito mal trabalhado: a sua gastronomia regional, que ninguém ainda conseguiu definir. Não existe ainda no Douro, nenhum manual que defina com rigor os pratos tradicionais da região. Aliás, esta deve ser a única região do país que não o possui. E, de todos os trabalhos que vi até hoje, nomeadamente livros de culinária sobre o Douro, alguns de excelentes cozinheiros, nenhum me desvendou os pratos tradicionais da região. E eles existem. As pessoas vão à Bairrada ao Leitão, ao Minho aos sarrabulhos, a Trás-os-Montes à posta e à alheira, à Serra da Estrela aos queijos, ao Porto às tripas, a Matosinhos ao peixe, etc., etc. E ao Douro? O que o distingue das restantes gastronomias? E, sem esta questão devidamente trabalhada, é muito difícil promover a restauração.

    Por Francisco Gouveia, Eng.º
    gouveiafrancisco@hotmail.com

  • Bem-vindos

    À MAIS BELA CORRIDA DO MUNDO !

    A EDP 7ª Meia Maratona Douro Vinhateiro decorre na Região Demarcada mais Antiga do Mundo, o Alto Douro Vinhateiro – Património Mundial da Humanidade.

    Com um percurso totalmente plano, acessível a todos, que liga o Pinhão e o Peso da Régua, numa das mais belas estradas do Mundo, sempre junto ao deslumbrante Rio Douro, este é um evento desportivo único. São esperados atletas vindos de todo o Mundo.

    Os 21 quilómetros da EDP 7ª Meia Maratona correm-se no dia 20 de Maio de 2012, estando a partida marcada para as 10:30h, junto à Barragem de Bagaúste.

    Esta grande festa desportiva fica completa com a realização, em simultâneo, da 6ª edição da Mini Maratona (percurso máximo limitado a 6 quilómetros) e da 4ª Meia Maratona do Douro Vinhateiro em Cadeira de Rodas.

  • lista freguesias a desaparecer no programa do governo.(regiao douro)

    Governo vai cortar 1000 a 1500 freguesias

    No prazo de um ano 1.000 a 1.500 freguesias vão desaparecer. A intenção está inscrita no memorando de entendimento com a troika e no programa de Governo. Fora dos planos do Executivo fica, para já, a redução de municípios.

    Concelho de Armamar:
    Coura
    Folgosa
    Fontelo
    Goujoim
    Queimadela
    Santa Cruz
    Santiago
    Santo Adrião
    Aricera

    Concelho da Régua:
    Covelinhas
    Mouramorta
    Vilarinho dos Freires
    Vinhós

    Concelho de Mesão Frio:
    Cidadelhe
    Oliveira

    Concelho de Santa Marta:
    Fornelos
    Medrões


    Concelho de Lamego:
    Almacave
    Avões
    Bigorne
    Britiande
    Cambres
    Cepões
    Ferreirim
    Ferreiros de Avões
    Figueira
    Lalim
    Lazarim
    Magueija
    Meijinhos
    Melcões
    Parada do Bispo
    Penajóia
    Penude
    Pretarouca
    Samodães
    Sande
    Lamego (Sé)
    Valdigem
    Várzea de Abrunhais
    Rei

    Concelho de Tabuaço:
    Adorigo
    Arcos
    Chavães
    Desejosa
    Granja do Tedo
    Granjinha
    Longa
    Paradela
    Pereiro
    Pinheiros
    Santa Leocádia
    Távora
    Vale de Figueira
    Valença do Douro
    Concelho de Alijó:
    Amieiro
    Casal de Loivos
    Cotas
    Pinhão
    Pópulo
    Ribalonga
    Sanfins do Douro
    Vale de Mendiz
    Vilarinho de Cotas

    Concelho de Boticas:
    Ardãos
    Cerdedo
    Codessoso
    Covas de Barroso
    Curros
    Fiães do Tâmega
    S. Salvador de Viveiro
    Vilar

    Concelho de Sabrosa:
    Covas do Douro
    Gouvães do Douro
    Gouvinhas
    Parada do Pinhão
    Paradela de Guiães
    Provesende
    São Cristóvão do Douro
    Ribapinhão
    Souto Maior
    Torre do Pinhão

    Concelho de Resende:
    Barrô
    Feirão
    Felgueiras
    Freigil
    Miomães
    Ovadas
    Panchorra
    São Cipriano
    São Martinho de Mouros
    São Romão de Aregos

    Concelho de S. João da Pesqueira:
    Castanheiro do Sul
    Espinhosa
    Nagozelo do Douro
    Pereiros
    Soutelo do Douro
    Vale de Figueira
    Valongo dos Azeites
    Várzea de Trevões
    Vilarouco
    Concelho de Tarouca:
    Gouviães
    Granja Nova
    Salzedas
    Ucanha
    Várzea da Serra
    Vila Chá da Beira

    Concelho de Alfândega da Fé:
    Agrabom;
    Cerejais;
    Eucisia
    Ferradosa;
    Gebelim;
    Gouveia
    Parada;
    Pombal;
    Saldonha
    Sendim da Ribeira;
    Sendim da Serra;
    Soeima;
    Vale Pereiro
    Vales;
    Vilar Chão
    Vilarelhos
    Vilares de Vilariça

    Concelho de Carrazeda de Ansiães
    Beira Grande
    Fonte Longa
    Lavandeira;
    Mogo de Malta
    Parambos;
    Pereiros;
    Pinhal do Norte;
    Ribalonga;
    Seixo de Ansiães;
    Selores
    Zedes

    Concelho Vila Nova de Foz Côa:
    Castelo Melhor;
    Chãs;
    Horta;
    Mós
    Murça;
    Numão;
    Santa Comba
    Santos Amaro;
    Sebadelhe
    Touça

    Concelho de Baião:
    S. Tomé de Covelas;
    Frende;
    Grilo;
    Loivos do Monte;
    Loivos da Ribeira;
    Mesquinhata;
    Ribadouro
    Baião (Santa Leucádia)
    Teixeiró
    Tresoura

  • Douro: Vitivinicultores perderam 60 por cento do rendimento em 15 anos

    Os vitivinicultores do Douro perderam 60 por cento do seu rendimento nos últimos 15 anos, por causa da redução na produção de vinho do Porto e do aumento dos custos de produção.

    Para analisar a situação dos pequenos e médios produtores de vinho da mais antiga região demarcada do mundo, a Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (AVIDOURO) convocou um plenário para o dia 06 de Novembro, na Régua.

    Manuel Figueiredo, vitivinicultor na Folgosa, concelho de Armamar, garantiu, em conferência de imprensa, que vai marcar presença no plenário porque diz que é preciso alertar para a «grave situação» dos agricultores durienses.

    Tão grave que, segundo salientou, este ano teve que ir trabalhar durante dois meses numa adega na Córsega, França, para fazer dinheiro para vindimar os sete hectares de vinha, de onde diz que tira cada vez menos rendimento.

    Manuel Figueiredo já teve direito a 17 pipas de benefício, quantidade de mosto que cada um pode destinar à produção de vinho do Porto, número que baixou para as oito pipas este ano. Ao mesmo tempo, acrescentou, os custos de produção, desde os combustíveis até aos tratamentos fitossanitários, sabem cada vez mais.

    De acordo com Berta Santos, dirigente da AVIDOURO, os vitivinicultores do Douro perderam 60 por cento do seu rendimento nos últimos 15 anos. Em 10 anos, o benefício foi reduzido em 45 por cento, de 145 mil pipas em 2001 para as 85 mil em 2011.

    Nesta década, o vinho do Porto perdeu 12 milhões de garrafas, correspondendo a uma perda de valor de 37 milhões de euros. A agravar a situação está também a quebra «acentuada» dos preços praticados: em 2001, o preço médio pago à produção foi de 1.106 euros e em 2010 rondou, segundo Berta Santos, os 800 euros.

    O benefício é uma das principais fontes de receita dos produtores durienses. Agora, depois de concluídas as vindimas e de lavados os cestos das vindimas, os vitivinicultores voltam a juntar-se porque «nada mudou». «Para já, o que estamos a assistir é a um não aumento do preço das uvas, bem pelo contrário, há situações em que estes foram mesmo reduzidos», salientou.

    Berta Santos salientou que os lavradores durienses exigem ao Governo «garantias de escoamento e melhores preços», «o controlo do comércio das aguardentes» e ao «aumento do benefício para os pequenos e médios vitivinicultores» e a «criação de uma linha de crédito bonificado a longo prazo».

    Em análise no plenário vão estar ainda as medidas previstas no Orçamento de Estado para 2012. Os vitivinicultores prometem novas formas de luta, que podem passar por mais manifestações a realizar no Douro ou mesmo em Lisboa.

    Entre Julho e Agosto, os produtores manifestaram-se duas vezes, na cidade de Peso da Régua, em luta contra a redução de benefício e em defesa do aumento do preço das uvas pagas ao lavrador.

    Entre Setembro e Outubro, as preocupações voltaram-se para a vindima, este ano também marcada por uma redução na produção muito por causa do clima irregular e das doenças e pragas que afectaram a vinha.

    Fonte: Lusa

  • Região do Douro é a grande vencedora da noite dos «óscares» do vinho

    Foram dez os vinhos do Douro distinguidos com o "Prémio Excelência"

    foto

    A região vinícola do Douro foi a grande vencedora na cerimónia dos prémios anuais da Revista do Vinho, considerados os "óscares" do sector em Portugal, que decorre esta noite no edifício da Alfândega no Porto.
    Foram dez os vinhos do Douro distinguidos com o "Prémio Excelência". A segunda região mais premiada, o Alentejo, apenas obteve cinco primeiros galardões na categoria dos "melhores entre os melhores", logo seguida pelo Dão, que teve quatro vinhos dos 33 Prémios Excelência distribuídos.
    O ano 2010 viu aparecer no mercado os vinhos tintos da vindima de 2008 e alguns da colheita de 2007, dois dos melhores anos da década, e ainda os brancos de 2009, que, "apesar de não ter sido uma vindima fácil, originou brancos de excelente qualidade em todas as regiões do país", afirmou à Lusa o director da Revista de Vinhos, Luís Lopes.
    O responsável distingue ainda outra característica de 2010: "foi também um ano em que apareceram vinhos do porto tawny, velhos, de altíssima qualidade. Vinhos que as casas tinham em reservas há muitos anos e que em 2010 resolveram pôr no mercado".
    A Andresen, "uma pequeníssima empresa, mas com um histórico fantástico em tawnys velhos", foi a que mais surpreendeu a revista, o que lhe valeu um dos 17 Prémios Especiais atribuídos, na categoria de Empresa 2010 – Vinhos Generosos.
    O Prémio Empresa 2010 foi atribuído à Sogrape Vinhos. A revista reconheceu na maior empresa do sector em Portugal "a grande consistência de qualidade na gama [de vinhos] mais baixa", mas sublinhou também o facto de os vinhos topo de gama deste rótulo terem atingido, tanto no Dão como no Douro, as classificações máximas atribuídas pela publicação.
    "Pontuaram sempre nos primeiros lugares", explicou Luís Lopes. O "sucesso" do investimento da Sogrape no estrangeiro, sobretudo na Argentina, "onde estão cotados como um dos maiores e melhores produtores do país, com sucesso tremendo no mercado mundial", foi o argumento decisivo para a distinção da empresa.
    A Sogrape Vinhos tinha já sido premiada em Janeiro pela influente revista norte-americana Wine Enthusiast como o melhor produtor europeu de 2010, pela capacidade de crescimento e desenvolvimento de marcas.
    Entre os restantes premiados esta noite pela Revista de Vinhos, Anselmo Mendes foi distinguido como Produtor 2010. "Nós sabemos que [Anselmo Mendes] há muito faz excelência em alvarinhos, mas ele mantém essa consistência de excelência mas sempre com inovação. Todos os anos procura fazer coisas diferentes. E no ano de 2009 lançou aquele que para mim é um dos melhores vinhos brancos de sempre, que é o ‘Anselmo Mendes Parcela Única’", justificou Luís Lopes.

     in dodouro

  • Avidouro reclama apoios de emergência para a Região Demarcada do Douro

    Os pequenos e médios vitivinicultores da Região Demarcada do Douro estão confrontados com prejuízos provocados pelas fortes chuvas e pela ventania que se fizeram sentir no mês de Dezembro e parte de Janeiro.

    São prejuízos avultados, cuja informação chegou a Avidouro (Associação dos Viticultores Independentes do Douro) através dos testemunhos de vários vitivinicultores, nomeadamente, dos Concelhos de Santa Marta de Penaguião, Vila Real, Alijó, Armamar, Régua, Mesão Frio, Sabrosa e Lamego.

    Os prejuízos prendem-se sobretudo com a queda de muros de suporte de pedra posta ou de terra, socalcos e caminhos agrícolas alagados, sendo os maiores prejuízos em áreas de vinha com saibramentos efectuados nos últimos três anos.

    Para além destes prejuízos, verifica-se ainda um pouco por toda a região, mas com incidência maior nos concelhos onde a apanha da azeitona se faz mais tardiamente, uma quebra acentuada nesta produção, a qual, em muitos casos, anda na ordem dos 70 por cento.

    Assim, atendendo a este agravamento provocado pelas intempéries, e pela difícil situação que vivem os pequenos e médios vitivinicultores do Douro, a Avidouro vem reclamar do Ministério da Agricultura, o levantamento urgente dos prejuízos e a adopção de medidas de apoio de emergência, idênticas às que foram disponibilizadas para outras regiões do país afectadas por intempéries.

  • Promoção do Douro

    Londres, Milão e Washington serão as próximas etapas

    Londres, Milão e Washington serão as próximas etapas da missão internacional de promoção turística do Douro, disse hoje, em Paris, Ricardo Magalhães, vice-presidente de Estrutura de Missão Douro (EMD).

    Ricardo Magalhães referiu que aquelas três cidades serão as próximas a receber esta missão, mas sublinhou que estas acções não estão ainda calendarizadas.

    "Não sei qual será a primeira destas cidades, isso está ainda em estudo", disse, acrescentando que estas missões arrancarão a partir do final do primeiro trimestre de 2010.

    Aquele responsável falava no final da operação de "place marketing" que se realizou em Paris, organizada pela Fundação Museu do Douro, no âmbito do programa Operacional da Região Norte, com a colaboração da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) e da EMD.

    Colaboraram ainda nesta iniciativa o Turismo do Douro, o Instituto dos Vinhos do Porto e Douro (IVDP) e a Rota do Vinho do Porto (RVP), que contou ainda com o apoio operacional da Douro Azul, do Turismo de Portugal e da Agência para o Investimento e Comércio Externo (AICEP).

    A acção promocional no mercado francês, que se realizou na embaixada portuguesa em Paris, visou também demonstrar as vantagens competitivas do Douro a potenciais investidores, dando a conhecer a estratégia de desenvolvimento turístico em curso.

    Em declarações aos jornalistas, o embaixador de Portugal em Paris, Francisco Seixas da Costa, considerou que "a promoção do Douro deve aproveitar e cavalgar o trabalho que já foi feito para o vinho do Porto", que tem a sua imagem internacional consagrada.

    Para o diplomata o trabalho principal a fazer é "ligar a imagem de prestígio do vinho do Porto presente na pemória dos franceses á paisagem do Douro"", assim como ao enoturismo, ao património histórico e cultural, ao turismo de aventura e a outros nichos de mercado de grande crescimento.

    Defendeu ainda que a promoção do turismo europeu não é feita a nível nacional mas sim a nível de regiões, pelo que o Douro deve aparecer de forma individualizada, apostando nos 'media' de prestígio, até porque o turista francês procura sobretudo destinos exóticos e pouco explorados.

    A EMD organização classifica a França como mercado prioritário para o desenvolvimento turístico do Douro.

    A França ocupa a segunda posição no ranking dos países de origem dos turistas que visitam o Norte de Portugal, tendo os seus visitantes um perfil de turista com afinidades com as características patrimoniais, ambientais, paisagísticas e vitivinícolas da região do Douro.

    Agostinho Ribeiro, do Conselho de Administração do Museu do Douro, afirmou-se "muito satisfeito" com o resultado desta iniciativa.

    "Considero um êxito o facto de termos conseguido reunir, na apresentação realizada quarta-feira ao fim da tarde da Embaixada em Paris, numa cidade onde todos os dias há centenas de solicitações deste género, cerca de 80 operadores turísticos e agentes de viagem", disse.

    Agostinho Ribeiro sublinhou que para além deste facto, já de si notável, "foi tão ou mais importante que todos os agentes envolvidos no turismo do Douro se tenham, pela primeira vez, unido nesta tarefa urgente promoção do turismo de qualidade na região".

    IMG_0536.JPG
  • Douro pelas costuras

    Hotéis estão cheios, mas pequenos agricultores queixam-se que este ano há menos vinho
    EDUARDO PINTO/jornal de noticias

    Parece um bago este Douro que rebenta de vinho e turistas. O vinho, como produto último das vindimas. Os turistas, colheita em tempo delas. Cada qual com seu destino. O vinho enche cubas, os turistas hotéis.

    Dão para todos estes dias de festa na Região Demarcada do Douro. Os lavradores louvam o produto de um ano de trabalho, os agentes turísticos nunca foram tão solicitados, encontrar alojamento vago é uma autêntica aventura e o número de refeições servidas dispara. E assim vai continuar por mais uma ou duas semanas.

    Cenário de ilusão? Não. Felizmente para quem opera empreendimentos turísticos no Douro, a região que é Património Mundial vai para oito anos está mesmo na moda. Já estava, mas agora está mais. Que o diga António Martinho, presidente da Turismo do Douro, que anda satisfeito da vida com os resultados preliminares de estudos que "mostram que o Douro é a segunda região mais atractiva do país" e que na época de vindimas "há muita ocupação hoteleira". Que o diga António José Teixeira, da Rota do Vinho do Porto, que, sem avançar números, nota que o Douro teve "o melhor Agosto de sempre", em termos de ocupação, e "o Setembro está a ter taxas excelentes". Que o diga Luís Barros, da Enoteca Douro, em Favaios, a cuja porta já bateram este mês cerca de dois mil turistas a querer experimentar a lufa-lufa da vindima e o baptismo de uma lagarada. Que o diga Cláudia Quevedo, que na sua quinta, às portas de S. João da Pesqueira, tem sorrido a centenas de visitantes estrangeiros curiosos até mais não. Que o diga Augusto Azevedo que tem visto o seu Hotel Folgosa Douro, em Armamar, com uma ocupação que não imaginara quando o abriu há 10 meses.

    Cenário de ilusão? Sim. Infelizmente para o pequeno lavrador que vive da viticultura no Douro, de pouco lhe serve a moda da região que é património mundial mas que não lhe medra o pão. Este ano vão produzir-se menos 13500 pipas de vinho com direito a benefício. De 123,500 passou para 110 mil e a diferença traduz-se em menos 13,5 milhões de euros de rendimento.

    Perdem todos, mas o pequeno agricultor perde mais. As uvas que não vender para o Vinho do Porto entrega-as para vinhos de mesa. E se lhas quiserem, o mais certo é receber 100 a 150 euros por pipa, com a agravante de, em muitos casos, nem saber quando os vai receber. Não admira que o presidente da Casa do Douro, Manuel António Santos, mesmo com consciência da dureza das palavras, solte que em muitos lares da Região Demarcada do Douro ainda se há-de voltar a comer "o arrozinho com molho de tomate e uma sardinha para duas ou três pessoas".

    Não vai tão longe Pedro Perry, viticultor do Pinhão, mas avoca que "os pequenos e médios lavradores, que são a identidade do Douro, estão cada vez pior". Explica: "Temos de ter pessoal durante todo o ano para manter a vinha e com isto temos encargos que são difíceis de suportar e conseguir subsistir".

    Não choveu que se visse no Verão e as uvas atingiram o ponto mais cedo que o normal. Ora, toca a antecipar as vindimas porque senão o vinho evapora-se. Muitos dos bagos já são quase passas e o resultado é que os produtores estão a ter pouco vinho, mas com muito grau. A qualidade compensará a menor quantidade. Terminada a vindima, o bago do turismo rebenta. António Martinho gostaria de vê-lo cheio durante todo o ano. Desafio: alcançar o meio milhão de dormidas anuais no Douro até 2013.