Centenas de pessoas prestaram ontem a última homenagem aos quatro elementos da família do Porto que morreram na praia Maria Luisa, em Albufeira. A missa foi celebrada na capela de S. Sebastião, na pequena freguesia de Britiande, Lamego, em cujo cemitério foram a enterrar ao final da manhã.
Além de familiares e amigos, estiveram presentes colegas de Anabela Fonseca e da sua filha Ana Rita - educadora de infância e psicóloga, respectivamente, na Junta de Freguesia de Ramalde, no Porto. O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, também compareceu.
Vítor Sousa, 24 anos, namorado de Mariana Fonseca, jurista, foi ao funeral em cadeira de rodas. O único sobrevivente do grupo ficou gravemente ferido e sujeito a uma cirurgia no Hospital de Faro, mas já foi transferido para o Hospital de S. João, no Porto.
Anabela Fonseca era a única filha de Manuel Marques Pereira, 83 anos, um dos homens mais ricos da freguesia. "Vive muito bem mas ficou sem ninguém. Tem mais familiares, mas a mais próxima era mesmo a filha, que era tudo para ele", conta Maria Almeida, do restaurante Castiço, segundo a qual Manuel Pereira estará a ser acompanhado por uma psicóloga. "Foi tudo muito confuso, não houve ninguém que o informasse, só soube das mortes depois da meia-noite [de sexta-feira]".
Anabela vivia "há mais de 30 anos no Porto" com o marido - António Fonseca da Mota, ex-director de Relações Públicas do Boavista FC, também vitimado pela derrocada -, mas ia frequentemente à terra.